quarta-feira, 3 de abril de 2013

Comentário sobre Exame Residuográfico


Quando uma arma de fogo é utilizada, são produzidos vestígios que são expelidos pela expansão gasosa vinda da combustão do explosivo presente nos cartuchos. Embora a maior parte dessa expansão se dê através da porção dianteira do cano, uma parcela dessa massa gasosa é expelida pela parte de trás da arma carregando consigo gases oriundos da combustão (CO2 e SO2), bem como chumbo, nitratos, nitritos, entre outros, se aderindo, então, à superfície da pele. 

A partir daí utiliza-se o exame residuográfico a fim de detectar a presença de íons ou fragmentos metálicos de chumbo, por ser o componente metálico mais abundante. Nesta técnica que é utilizada pelo IGP/RS consiste no molhamento com 3 gotas de solução em ácido nítrico a 5% (figura 1) em cada swab (3), um para cada mão e um branco. Então o swab é esfregado na mão em questão (figura 2) e colocado dentro de um tudo para criogenia e fechado. É preenchido um relatório de coleta e enviado ao laboratório de química forense em Porto Alegre em no máximo 30 dias para análise. 



  • Alguns fatores podem ser determinantes para a incrustação dessas partículas na pele:  
  • idade da pólvora que havia no cartucho; espécie e condições da arma;
  • volume da mão do suspeito;
  • espécie e condições da arma;
  • técnica do disparo.

Importante salientar que este exame não serve como prova em juízo, nem é um indício seguro para o Perito Criminal. Pode servir, sim, como orientação que, unido com outros exames, auxilia na formação de certeza pelas autoridades judiciária ou policial.

Somos nós, auxiliares de perícias que realizamos este tipo de exame, no vivo ou no morto.

Um comentário:

  1. Olá.
    Gostaria contratar um perito entendido nesse assunto para fazer um parecer de um exame residuogra.Meu Número é 83988383947

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